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Com a chegada de Behr, seis nomes na lista

Claudemir Pereira

Em 2016, foram oito candidatos a prefeito. Imaginava-se, e, ao que tudo indica, isso começa a ser descartado, que agora fossem mais. Afinal, supunha-se, partidos obrigados a carreiras solo para a Câmara, lançariam concorrentes para "puxar voto".

Seja por costume, ou mesmo falta de nomes competitivos, ao que tudo indica essa previsão se perdeu na teoria. Mais: não é sequer impossível que o número de pretendentes seja o mesmo ou, até, menor que o de quatro anos atrás.

Admite-se até, veja só, como contou fonte privilegiada (e histórica) nesta semana, que "fusões" entre candidaturas já postas ocorram, reduzindo as opções do eleitorado. Ou mesmo, mudanças impensadas até ontem, como o lançamento de Sérgio Cechin, do PP, como cabeça de uma chapa que teria Francisco Harrisson, do MDB, de vice. Cogitação, certeza ou delírio, o futuro poderá afirmar. Ou negar.

De todo modo, se não for para buscar posição coadjuvante no futuro próximo, o fato é que a novidade desta semana foi o lançamento da pré-candidatura de Evandro de Barros Behr (que, no início do século, concorreu a vice-prefeito e a deputado estadual, sem êxito) pelo Cidadania. Que se diga: partido médio, a "grei" se esforça para chegar ao protagonismo local. E Behr, pela história pessoal e política, pode ser a porta de entrada.

Mas, além do recém-chegado Behr, quem mais está no sexteto até aqui definido? Confira, em ordem alfabética:

  • Francisco Harrisson: edil em primeiro mandato, ainda não tem vice. Daí porque a história de que ele próprio seria o segundo de uma chapa (que ninguém confirma) com Sérgio Cechin.
  • Jader Maretoli: surpresa do último pleito, quando obteve 20 mil votos, o evangélico, agora do Republicanos, busca espaço além-religião. De onde deve sair um vice hoje não sabido.
  • Jorge Pozzobom: reticente a lançar-se já, é fato que o tucano buscará a reeleição. E com o PP e Sérgio Cechin - se não houver acidente de percurso, algo nunca descartável em política.
  • Luciano Guerra: tirado da cartola de Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta, só agora o edil parece ter obtido a adesão total do PT. O vice, hoje, dificilmente seria outro que não Marion Mortari, do PSD.
  • Marcelo Bisogno: o pedetista, nessa altura, apresenta a mais bojuda aliança, com PTB, PC do B, Prona e Avante. De um deles sairá o vice. Sonha alto com seu frentão e está em campanha desde sempre.

Quem mais? Não se sabe exatamente o que fará o PL (especialmente se não tiver João Ricardo Vargas) nem o PSB de Fabiano Pereira. Talvez até estejam juntos. Talvez. Ah, e a Esquerda-Esquerda, meio desmilinguida para além do PSOL, certamente terá candidato. Quem? Não se sabe. Esse é o cenário, hoje. Amanhã? Quem sabe...

MDB aderiu a Harrison e até muda seu perfil
Lá longe no tempo, em que era a face institucional da oposição à ditadura, o MDB (tornado depois PMDB e agora outra vez com o nome original) abrigava todos os que não compactuavam com o autoritarismo. Cabia de tudo. Do direitista liberal ao comunista, todos tinham um lugar para chamar de seu. No caso, o MDB de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. 

Feita a digressão histórica e voltando a Santa Maria, hoje o emedebismo, quem sabe por necessidade eleitoral, começa a se voltar para a centro-direita. A própria apresentação de um candidato competitivo à prefeitura, o vereador e médico (e oficial do Exército) Francisco Harrisson é um indicativo disso.

Não se trata de juízo de mérito. E nem desconsideração, pelo contrário. Só constatação. O MDB santa-mariense, hoje, é um partido de centro-direita. E é nesse núcleo político que busca aliados e insere sua presença eleitoral - como mostra a adesão a Harrisson.

Não há dúvida que, no caminho, houve deserções. Mas haverá acréscimos. Inclusive se percebe nas alianças que as lideranças estão a buscar. Diz-se, internamente, que é questão de sobrevivência. Há elementos para concordar e discordar. Mas Ulysses e Tancredo, certamente, estão representados. Ah, quem vai definir tudo? As urnas, é claro.

As dúvidas do coronel e como fica o PL 
João Ricardo Vargas, não obstante o esforço interno feito por lideranças do PSDB, aparentemente apenas adiou a saída do partido. O que pode acontecer, aliás, somente após o final do mandato - que ele está disposto a manter. Enfim, o coronel reformado da Brigada Militar mostra-se mesmo indeciso acerca de seu futuro político. 

De outra parte, afora uma esperança adicional ao PL, que teve de adiar a festança programada para o último sábado, o fato é que os liberais perdem muito com essa indefinição toda. Quanto mais não seja porque Vargas, que já não tencionava concorrer a novo mandato de vereador, seria (ou será) oferecido como nome para compor uma chapa majoritária.

Sem o (por enquanto, ainda) tucano ilustre, o PL deverá se concentrar, mesmo, é na disputa proporcional, mesmo que existam os que defendam a ideia de, se Vargas não entrar, há o nome da professora Márcia Teston, para compor nalguma chapa.

LUNETA
E OS CARGOS?
Leopoldo Ochulaki, o Alemão do Gás, eleito pelo PSB, há dois anos fez acordo com o governo, e permitiu aos aliados de Jorge Pozzobom retomar o comando perdido na Câmara. Agora, foi para o MDB, que será oposição em outubro. A pergunta, feita nos corredores do Centro Administrativo: quanto tempo vão durar no lugar "os CCs que o Alemão levou ao aderir ao governo, em 2018". Seriam três cargos na corda bamba. 

PELA DIREITA
No Centro Administrativo, gente graúda não subestima as dificuldades eventuais com o PP, mas há confiança absoluta na superação dos problemas e na manutenção da dobradinha Jorge Pozzobom/Sérgio Cechin. E mais: projeta-se uma coligação com pelo menos cinco partidos, todos com bom tempo de TV e que têm a, digamos, índole direitista. No caso, além do PSDB e PP, também DEM, Podemos e até o PSL. 

CANDIDATO?
Rodrigo Menna Barreto esteve em Brasília nesta semana. Além de buscar recursos para as áreas de Desenvolvimento Rural (de cuja pasta é titular, na prefeitura) e Assistência Social, foi atrás de apoio do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, plenipotenciário do DEM gaúcho, numa eventual disputa para a Câmara. De todo modo, Menna Barreto ainda não bateu o martelo. Está escaldado de disputas eleitorais. 

INTERIOR
Outrora definidor de qualquer eleição, hoje o interior é importante, mas cada vez mais "urbano" e, definitivamente, menos decisivo. Pelo menos no que toca ao pleito majoritário. Já para vereador, há quem imagine ter peso fundamental para um, talvez dois, quem sabe três candidatos - ainda que precise também dos votos "citadinos". Ah, os distritos têm perto de 10 mil votos (pouco mais ou menos) muuuito disputados. 

PARA FECHAR!
No tucanato santa-mariense dá-se como muito possível (certeza ninguém ousa cravar) que, mesmo com a eventual perda da vaga de João Ricardo Vargas, será mantido o número de cadeiras na Câmara. Como? Com a chegada, na qual há bastante gente do PSDB depositando muitas fichas, do suplente (em exercício desde o início da Legislatura) João Kaus, do MDB. Será?

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